AUMENTO DA POPULAÇÃO DE GATOS NOS CLUBES – recomendações para a solução do problema
Problema
Diversos clubes têm relatado ao SinLazer/DF e solicitado auxílio e providências junto aos órgãos oficiais para solucionar o conjunto de problemas causados pelo aumento da população de gatos em seus espaços.
Como decorrência desse aumento não controlado há muito tempo, têm ocorrido vários transtornos para os sócios e colaboradores, tais como mordidas, arranhões, alimentação imprópria nas áreas de restaurantes, churrasqueiras, bares e quiosques, além de doenças transmitidas pelo contato com as fezes e urina desses animais (bicho geográfico), inclusive nas canchas de areia onde são praticados esportes.
Cabe ressaltar que notoriamente esse problema se estende a todo o Distrito Federal, razão pela qual os órgãos oficiais já tomam várias providências, as quais serviram de base para este documento.
Legislação
Três legislações principais embasam o controle e cuidado com animais, sendo duas federais (Leis 9.605/98 – Crimes Ambientais e 13.426/17 – Controle de Natalidade de Cães e Gatos) e uma distrital (Lei 6.612/20 – Animais comunitários no Distrito Federal), cujos links seguem abaixo:
⦁ Lei Federal 9.605/98: ⦁ https://abrir.link/ZN24X
⦁ Lei Federal 13.426/17: ⦁ https://abrir.link/gDmzI
⦁ Lei Distrital 6.612/20: ⦁ https://abrir.link/C9tcO
Muitas outras legislações estão disponíveis no site da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (SEMA): https://www.sema.df.gov.br/legislacao-de-direitos-animais/
RECOMENDAÇÕES PARA A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
Sensível a esses problemas reais, o SinLazer-DF, no exercício de seu papel institucional, entrou em contato com vários órgãos oficiais do Distrito Federal e deles obteve as recomendações abaixo, que organizou de forma clara, para que os clubes, ao observá-las, consigam solucioná-los ou, no mínimo, reduzi-los.
⦁ FORMAÇÃO DE Comissão interna ou equipe responsável
Para que todas as ações sejam possíveis, os clubes deverão nomear responsáveis ou uma comissão que cuide do tema e das ações decorrentes do projeto. A equipe do Sinlazer estará à disposição para orientar e realizar treinamentos que forem necessários, como o de manejo dos animais.
É possível que colaboradores que gostem de animais se candidatem para a equipe. Estes podem auxiliar nos trabalhos sem comprometerem as funções principais que exercem.
⦁ Parcerias
Parcerias são fundamentais para o sucesso do projeto e podem ser celebradas individualmente (por cada Clube) ou de forma coletiva (via Sinlazer).
Para ações de castração, o Sinlazer realizou reunião com a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (SEMA) para estabelecer parceria e ficou acordado que as ações serão iniciadas com número mínimo de 10 animais.
É necessário que o Clube preencha o formulário da SEMA (Anexo I) e o envie por e-mail para o endereço nudoc@sema.df.gov.br , indicando no assunto do e-mail “Castração de Grandes Plantéis.
Após recebimento e tratamento do e-mail com pedido, a SEMA:
⦁ Entrará em contato para realizar agendamento da visita ao clube;
⦁ Realizará a visita na data agendada;
⦁ Verificará os animais aptos para castração;
⦁ Elaborará relatório e informará ao clube por e-mail.
ATENÇÃO: Após aprovação, o Clube terá 45 dias para realizar a castração de todos os animais liberados.
Caso a solicitação tenha sido para um número maior que o liberado pela SEMA, o Clube poderá realizar um pedido complementar (Anexo II). Neste caso, apenas após realização do cadastro dos animais liberados será possível pedir as vagas restantes. Não será necessária a realização de vistoria para o pedido complementar.
Caso haja necessidade de nova solicitação de castração à SEMA, o Clube deverá preencher o pedido aditivo (Anexo III). As etapas são as mesmas anteriores, sem a necessidade de envio de documentação para cadastro.
Para as ações de adoção, atendimento veterinário, vacinação, vermifugação e outras, os Clubes poderão realizar parcerias independentes. Sugerimos clínicas veterinárias, lojas de grande porte, sócios que exerçam a profissão ou que gostem de animais e possam adotar, mesmo que não os retirem dos Clubes.
⦁ Manejo
Adaptações locais podem ser necessárias nos pontos de cuidado definidos pelo Clube, havendo necessidade de construção, reforma ou pequenos ajustes. É importante criar ambientes agradáveis para que os gatos deixem de frequentar as áreas com maior número de sócios.
Após realização de todas as ações, o cuidado com os animais deverá ser contínuo e todos os gatos deverão ser mantidos saudáveis, vacinados e vermifugados. Se algum animal apresentar sinais de apatia ou doença, deverá ser direcionado para atendimento veterinário e tratamento. O clube poderá criar uma estrutura para isolamento e tratamento de casos menos graves em suas instalações.
Outro ponto importante é a alimentação. O Clube deverá fornecer ração própria para gatos e disponibilizar, juntamente com água limpa, nos locais preestabelecidos. Se possível, deverão serem adquiridas rações para filhotes e adultos castrados. Com a oferta de alimentação nos horários certos, os animais naturalmente deixarão de frequentar locais como restaurantes e bares.
É necessária a realização de campanha de conscientização dos sócios, para que não alimentem os animais. O clube poderá espalhar placas, adesivos e cartazes, conforme modelos abaixo, utilizados pelo Praia Clube de Uberlândia.
![](https://sinlazer.com.br/wp-content/uploads/2023/06/Captura-de-tela-2023-06-13-204241.png)
Todos os gatos identificados no clube deverão ser enviados para castração, sendo facultada a escolha de parceria com a SEMA ou o custeio integral pelo Clube, inclusive contratando clínica especializada. A recuperação da cirurgia deverá ser realizada em área específica e estruturada para tal.
Caso novos gatos apareçam, todos os procedimentos deverão ser repetidos, pois como muitos clubes estão em área próxima de matas ou terrenos vazios, novos animais podem adentrar os imóveis e se estabelecer com os já residentes.
As ações de adoção devem começar com a divulgação dos animais, em campanhas estruturadas e dirigidas. Como é sempre mais fácil adotar filhotes, o clube pode se comprometer a realizar a castração quando o animal completar 4 meses ou só colocar os animais para adoção depois da castração.
Para adotar será necessário que o interessado preencha um formulário com seus dados pessoais (nome, RG, CPF e endereço) e dados do animal (nome, pelagem, idade e vacinas). Uma via da ficha deverá ser arquivada pelo Clube e outra disponibilizada para a nova família do gato com algumas instruções de boa adaptação e cuidados.
Os animais que permanecerem no Clube auxiliam na demarcação dos territórios, evitando que novos gatos apareçam.
⦁ Divulgação / Comunicação
A divulgação das ações é importante para que todos se sintam envolvidos no projeto e se comprometam com as ações. É grande aliada na conscientização!
As equipes de marketing ou comunicação dos Clubes poderão divulgar os avisos, ações e regras de forma virtual (redes sociais, jornais internos, revistas, sites e whatsapp) e também nos meios físicos (cartazes, panfletos, placas, etc).
Abaixo, algumas comunicações usadas pelo Praia Clube de Uberlândia:
![](https://sinlazer.com.br/wp-content/uploads/2023/06/Captura-de-tela-2023-06-13-204436-300x259.png)
Reunião com o Diretor de Logística e Operações, Moisés, para coleta dos procedimentos adotados pelo clube para redução da população de gatos.
![](https://sinlazer.com.br/wp-content/uploads/2023/06/Captura-de-tela-2023-06-13-204528-300x158.png)
Resumo
⦁ Procurar uma entidade de apoio aos gatos que tenha convênio com algum veterinário que faça atendimento e castração barata;
⦁ Possibilidade de solicitação das castrações à SEMA;
⦁ Existe também a possibilidade com uma Clínica Veterinária. A Ânima é uma delas.
⦁ Iniciar um programa de captura desses animais para cadastramento, castração, vacinação, vermifugação (principalmente p/os que permanecerão) com a finalidade de adoção;
⦁ Comprar gatoeira para transporte;
⦁ Castrar os machos com maior celeridade, por ser mais simples;
⦁ Filhotes devem ser castrados logo que possível, e colocados para doação;
⦁ Para os animais não adotados, separar locais no clube para ambientação que não sejam tão frequentados por sócios. Colocar ração, água e caixinhas de areia para as necessidades;
⦁ Proibir alimentação em outras áreas e educá-los a comer apenas nas áreas designadas;
⦁ Se a área total do clube ou a população de gatos for muito grande, considere criar vários grupos de até 6 gatos. Isso facilitará no manejo. Como os gatos são territorialistas, criar pequenas “colônias” minimiza a ocorrência de conflitos entre eles, além de facilitar a gestão e monitoramento da população.
Outras sugestões
⦁ Se o clube possuir sistema de segurança com câmeras, é bom fazer o monitoramento das pessoas que abandonam ou alimentam os gatos. Os principais pontos deverão ser sinalizados e os infratores notificados.
⦁ Realizar marcações nas orelhas de todos os gatos castrados, feita pelo veterinário.
⦁ O clube poderá elaborar relatório com informações das ações adotadas, despesas e outros dados que julgar relevantes.
⦁ Os clubes com quadras de areia devem colocar os alimentos, água e caixinhas de areia o mais longe possível das quadras. Há a opção de instalação de telas moles nas laterais das quadras para que os gatos não subam.
Anexo i – solicitar junto ao SINLAZER